Girão culpa ‘oligarquia PT e PDT’ por aumento da violência em Fortaleza — Senado Notícias
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) questionou a situação da segurança pública no Ceará durante seu pronunciamento no Plenário, nesta quarta-feira (17). Para destacar a gravidade do problema, Girão citou dados do Atlas da Violência, que apontam que o estado está entre os cinco mais violentos do Brasil e a maioria dos casos segue sem solução.
— Nos últimos dez anos, com um índice de mortes violentas, por 100 mil, sempre superior a 30, o que, segundo padrões internacionais, configura situação de epidemia. Isso dói no coração, e nós, que temos essa responsabilidade de um mandato, precisamos não descansar com relação a esse tema. Tenho procurado votar matérias para prevenir o crime e endurecer, especialmente com a questão do tráfico de drogas, porque é um poder paralelo que toma conta, hoje, que manda e desmanda no nosso estado, e não mais a oligarquia PT e PDT, que foi a grande tragédia desses últimos anos pela omissão — disse.
O parlamentar destacou também que o Ceará registra um alto índice de “crimes políticos”. Ele citou como exemplo desse tipo de violência no estado o caso do vereador Erasmo Morais, assassinado na cidade do Crato por dois homens encapuzados em maio deste ano.
Girão mencionou ainda outros casos, como o atentado contra o ex-secretário de Segurança Pública de Icó, Sargento Geilson Lima, e o assassinato do vereador Francisco dos Santos, em Horizonte. Segundo o senador, todos os crimes permanecem sem solução. Ele questionou o governador do Ceará, Elmano de Freitas, sobre a falta de elucidação dos crimes.
— Todos os assassinatos contra quem quer que seja precisam ser devidamente investigados, mas tais crimes “anunciados”, entre aspas, carregam um componente ainda mais perigoso, pois apresentam claras características de assassinos profissionais cumprindo ordens de mandantes poderosos, aquela questão da certeza da impunidade, que compõem o chamado crime organizado. Por que até agora não foram elucidados pelo menos os crimes políticos contra vereadores? Está faltando o quê? Capacidade, coragem ou vontade política? — questionou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)